Tanto a hérnia umbilical quanto a hérnia epigástrica são falhas congênitas, ou seja, os bebês já nascem com elas. Essas condições podem atingir bebês de ambos os sexos e, por vezes, assustam os pais. Porém, nos dois casos, o diagnóstico e o tratamento tendem a ser bastante simples.
Hérnia Umbilical em Bebês
A hérnia umbilical é uma falha da musculatura localizada em cima da cicatriz umbilical. Comum em bebês, é um defeito congênito que atinge de 10% a 20% de todas as crianças. A incidência aumenta em bebês prematuros, com baixo peso, e na raça negra.
Diagnóstico de Hérnia Umbilical
O diagnóstico da hérnia umbilical é feito logo após que o bebê nasce e, a maioria, não costuma sentir dor no local.
Em geral, é possível diagnosticar o problema apenas examinando a criança, identificando um abaulamento na região umbilical. Essa condição fica mais evidente aos esforços.
Tratamento da Hérnia Umbilical
Normalmente, as hérnias umbilicais se fecham por conta própria, em até dois anos. Por este motivo, é indicado aguardar esse período para a definição do melhor tratamento.
Depois dos dois anos de idade, as chances da hérnia fechar sozinha diminuem consideravelmente, sendo muito pequenas. Assim, a cirurgia para tratamento da hérnia umbilical é indicada. Em casos raros, como de hérnia encarcerada ou muito grande, a cirurgia pode ser antecipada, não sendo necessário aguardar que a criança complete dois anos de idade.
Um grande mito da área pediátrica é que colocar uma moeda ou faixa no umbigo do bebê ajuda a curar hérnias umbilicais. No entanto, essa prática não é recomendada e deve ser evitada. O objeto pode irritar a pele do bebê e causar ferida no local, pela pressão.
“As pessoas associam a melhora da hérnia com a moeda ou com a faixa, mas, na verdade, a tendência da hérnia melhorar já existia. Não foi a faixa e nem a moeda que resolveram o problema. A principal recomendação em caso de hérnia umbilical é manter o acompanhamento com o cirurgião pediátrico.” Dra. Bianca Dias Bastos, Especialista em Cirurgia Pediátrica (CRM/CE 23400 RQE 12194)
Hérnia Epigástrica em Bebês
A hérnia epigástrica é uma falha congênita da musculatura, localizada na linha média da barriga – na região entre o umbigo e o tórax. É nessa região que as fibras musculares do abdômen se fundem. Diferentemente da hérnia umbilical, a hérnia epigástrica não é visível logo depois do nascimento e não se cura sozinha.
Diagnóstico da Hérnia Epigástrica
Geralmente, os pais reparam em uma “bolinha” na linha média da barriga do bebê. Ela aparece especialmente quando a criança está de pé ou faz algum esforço. A queixa é levada ao Pediatra, que pode realizar o diagnóstico de hérnia epigástrica no exame físico do bebê.
Tratamento da Hérnia Epigástrica
A única forma de corrigir a hérnia epigástrica é com tratamento cirúrgico. O procedimento pode ser realizado assim que a hérnia for diagnosticada, não sendo necessário aguardar que a criança atinja determinada idade.
Hérnia Umbilical ou Epigástrica: pós-operatório
Tanto em caso de hérnia umbilical quanto de hérnia epigástrica, o procedimento cirúrgico é considerado de baixa complexidade. A criança pode voltar para casa no mesmo dia da cirurgia pediátrica.
No entanto, após a cirurgia, alguns cuidados são recomendados. Entre eles, devem ser evitadas atividades físicas de forte impacto, durante 30 dias, da mesma forma como na Cirurgia de Apendicite. Ademais, as tarefas comuns do dia a dia podem ser realizadas normalmente.
Fique atento aos sinais de hérnia umbilical ou hérnia epigástrica no seu bebê. Diante de uma malformação ou suspeita, converse com o Pediatra e busque orientação de um Cirurgião Pediátrico.