Clinicamente, a anomalia anorretal se apresenta como a ausência de ânus. No entanto, essa má-formação pode ser mais complexa do que parece. Seu tratamento não envolve apenas a “perfuração cirúrgica” de um novo ânus para o recém nascido, mas sim, em muitos casos, a reconstrução da parte final do tubo digestivo.
“A anomalia anorretal é resultado de alterações no desenvolvimento embriológico do ânus e do reto dos fetos.” – Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194), Cirurgiã Pediátrica em Fortaleza/CE.
Cerca de 1 a cada 5 mil bebês apresentam esse problema. Além disso, a condição pode estar associada a outras anomalias genitourinárias no sacro e na medula.
Abaixo, você vai entender a importância do diagnóstico e do tratamento correto para este problema.
Diagnóstico da anomalia anorretal
Infelizmente, na maior parto dos casos, não há como diagnosticar a anomalia anorretal na fase pré-natal. Apenas os casos mais complexos podem ser vistos no ultrassom morfológico.
Dessa forma, é de fundamental importância que o diagnóstico desse problema aconteça ainda na sala do parto. Eles devem ter uma estrutura cirúrgica já preparada para o caso de uma intervenção. Assim, cabe ao médico pediatra responsável examinar o recém nascido na sala de parto e encaminhá-lo para os devidos cuidados, se necessário.
Complicações
Bebês com anomalia anorretal não podem eliminar as fezes de forma adequada. Por isso, as complicações surgem logo após o nascimento. Distensão abdominal e vômito são apenas alguns dos sintomas possíveis.
Os bebês diagnosticados na sala do parto com a doença devem ser encaminhados para a UTI Neonatal. Dependendo do caso, a cirurgia pode ocorrer no mesmo dia do nascimento. Até lá, deve-se evitar a amamentação.
“De forma geral, os bebês com anomalia anorretal devem ser mantidos em jejum até a cirurgia. Assim, evitamos a colonização do intestino do bebê por bactérias e possíveis infecções no local da cirurgia.” – Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194), Cirurgiã Pediátrica em Fortaleza/CE.
Tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico para a anomalia anorretal é individualizado. Ele varia de caso para caso, dependendo da complexidade do problema do paciente. No entanto, há um fator comum entre todas as técnicas: quanto antes a cirurgia for realizada, melhor.
“O motivo é que o mecônio, que são as primeiras fezes do bebê, são praticamente estéreis. Assim, o risco de infecção pós-operatória é menor quando o bebê elimina o mecônio do que quando começa a eliminar fezes decorrentes de alimentação externa.” – Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194), Cirurgiã Pediátrica em Fortaleza/CE.
Em alguns casos, é possível corrigir a anomalia com apenas uma cirurgia. Em outros, podem ser necessários novos procedimentos.
Pós-operatório da anomalia anorretal
Após a cirurgia, os bebês com anomalia anorretal são encaminhados para a UTI Neonatal. Lá, eles são observados de perto e recebem todos os cuidados necessários. A alta hospitalar acontece quando a equipe diagnostica o correto funcionamento do ânus e a eliminação satisfatória das fezes do paciente.
Durante todo o período, é muito importante que a família mantenha o acompanhamento com o médico cirurgião pediátrico responsável.
“A maioria dos pacientes que se submetem à cirurgia para correção da anomalia anorretal sofre de algum grau de distúrbio de evacuação. Os mais comuns são a constipação ou a incontinência fecal. Por isso, os pais devem continuar tratando os seus filhos com o médico responsável. Isso é fundamental para a boa qualidade de vida das crianças.” – Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194), Cirurgiã Pediátrica em Fortaleza/CE.
O tratamento para a constipação e incontinência fecal deve ser prescrito pelo médico responsável. Ele pode envolver a realização de procedimentos e o uso de medicamentos.
Para se preparar melhor diante de uma doença como a anomalia anorretal e oferecer o melhor cuidado para o seu filho, consulte um médico cirurgião pediátrico ainda durante a gestação. Assim, você terá um profissional qualificado de prontidão para o seu grande dia.
O médico cirurgião pediátrico também poderá lhe ajudar a escolher a maternidade mais adequada para você.
A Dra. Bianca Dias Bastos é mãe e especialista em cirurgia pediátrica. Com muito carinho e experiência, ela poderá lhe ajudar, caso surja qualquer dificuldade. Entre em contato!
