Site icon Dra. Bianca Dias Bastos – Cirurgiã Pediátrica em Fortaleza

Estenose hipertrófica do piloro: diagnóstico e tratamento precoce

estenose hipertrófica do piloro

A estenose hipertrófica do piloro é uma doença grave, que pode levar à desnutrição e à desidratação. No caso, isso ocorre por conta do tratamento tardio que muitas crianças acabam recebendo. O motivo é a confusão dessa doença com outra muito comum: o refluxo gastroesofágico.

Por essa razão, falaremos sobre a doença e a importância do diagnóstico correto.

O que é a estenose hipertrófica do piloro?

A estenose hipertrófica do piloro é uma doença adquirida, que se manifesta nas primeiras semanas após a gestação. Sua principal característica é a hipertrofia dos músculos na parte final do estômago, conhecida como piloro. Com isso, há um bloqueio na passagem do leite, e os nutrientes não chegam até o intestino – onde deveriam ser absorvidos.

Dessa forma, crianças com a estenose hipertrófica do piloro costumam sentir fome e sede. No entanto, ainda não se sabe exatamente ainda o que provoca essa doença.

Sintomas da estenose hipertrófica do piloro

Um dos principais sintomas da estenose hipertrófica do piloro é a ocorrência de vômitos cerca de 30 a 60 minutos após a alimentação do bebê. Esse vômito costuma ter aspecto claro, por não conter a presença da bile. Além disso, uma outra característica é sua eliminação na forma de jatos. Mesmo assim, a confusão com o refluxo gastroesofágico costuma ser bastante comum.

Outros sinais e sintomas da estenose hipertrófica do piloro são:

Diagnóstico

O diagnóstico da estenose hipertrófica do piloro pode ser clínico e contar com exames complementares, se necessário. O médico responsável deve levar em conta todos os sinais e sintomas. Além disso, pode fazer a palpação do abdômen para identificar o piloro hipertrofiado. No entanto, isso nem sempre é possível, pois muitas crianças nessa situação sentem-se incomodadas.

Entre os exames complementares que podem ser solicitados, estão o raio-X sem contraste e o ultrassom de abdome. O último não utiliza radiação, nem contraste. Com o exame de ultrassom, há a possibilidade de obter medidas precisas, como a espessura e diâmetro do piloro.

Em último caso, os médicos ainda podem solicitar a realização de exames de raio-X com contraste para fechar o diagnóstico.

No entanto, infelizmente, não há como diagnosticar a estenose hipertrófica do piloro em exames pré-natais.

Tratamento

O tratamento da estenose hipertrófica do piloro é sempre cirúrgico. Além disso, o procedimento pode ser tanto pela via aberta tradicional, quanto através da técnica minimamente invasiva (videolaparoscopia). 

Em ambos os casos, a anestesia geral é necessária. Somente pacientes em condições estáveis podem realizar o tratamento. Assim, antes de ser submetida à correção cirúrgica é importante que a criança receba cuidados especiais em algumas situações.

Técnicas cirúrgicas

Na cirurgia por via aberta tradicional, uma incisão é realizada logo acima da região hipertrofiada. 

Já na técnica minimamente invasiva (videolaparoscopia), a correção se dá através de 3 pequenas incisões no abdome do bebê. Assim, os médicos inserem uma microcâmera e os instrumentos necessários para o procedimento.

Na técnica minimamente invasiva (videolaparoscopia), o tempo de recuperação e a ocorrência de dor também tendem a ser menores.  Além disso, as cicatrizes são muito menores e mais discretas – diferentemente da cirurgia por via aberta tradicional.

Pós-operatório 

De forma geral, é necessário que os bebês permaneçam internados após a cirurgia. No entanto, a duração depende sempre de avaliação médica. Por isso, durante esse período, além de todos os sinais de saúde do bebê, a equipe avalia a sua alimentação. 

A alta dos pacientes com estenose hipertrófica do piloro só ocorre depois que a equipe médica confirma a correção do problema. Isso porque é preciso ter certeza de que a criança está se alimentando e de que os nutrientes estão chegando até o intestino, onde devem ser absorvidos.

Em caso de dúvidas sobre a doença, procure a Dra. Bianca Dias Bastos. Com carinho e profissionalismo, ela poderá lhe ajudar a superar este e diversos outros problemas cirúrgicos relacionados à saúde do seu bebê. Entre em contato.

Exit mobile version