Assim como a Gastrosquise, a Onfalocele é uma anomalia congênita que exige muita atenção e paciência dos pais. Além disso, passa também pelo entrosamento e afinidade da família com toda equipe médica. Essa doença consiste na malformação da parede abdominal do bebê ainda na barriga da mãe. Muitas vezes, exige um longo período de internação do recém nascido em UTI Neonatal.

“A Onfalocele faz diagnóstico diferencial com a Gastrosquise. Essa malformação também se caracteriza por uma falha no fechamento dos músculos e da pele da parede abdominal do feto. Com isso, partes do intestino, do estômago e até do fígado do bebê podem ficar expostas através de um orifício na parede abdominal. No entanto, diferente da Gastrosquise, na Onfalocele os órgãos são revestidos por uma membrana. Além disso, o cordão umbilical não está inserido no lugar habitual.“ – Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194).

A Onfalocele pode ser pequena, como nos casos em que envolve apenas uma parte do intestino. Porém, há situações em que ela é bastante grande e envolve a exposição de vários órgãos abdominais. Abaixo, você irá entender melhor o diagnóstico e o tratamento da Onfalocele.

Diagnóstico 

Em 60 a 70% dos casos, a Onfalocele pode ser diagnosticada ainda na fase pré-natal. Especialmente no segundo e no terceiro trimestres da gravidez, através exames de ultrassonografia. Este problema acomete 1 a cada 4.000 a 6.000 mil nascidos vivos. 

“Assim que este problema for diagnosticado, é muito importante que a família procure um médico cirurgião pediátrico. Os bebês com Onfalocele podem ter o prognóstico bastante delicado. Esta malformação costuma estar relacionada com outras malformações, como as doenças cardíacas, que também precisam ser avaliadas.“-  Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194).

Além de tirar todas as dúvidas e de preparar a chegada do bebê de forma adequada, esse primeiro contato é importante para que a família e o profissional se conheçam. Isto é importante porque, dependendo do caso, essa relação poderá se estender por muito tempo. 

“O momento do diagnóstico de uma anomalia congênita é sempre muito difícil. Ter um profissional competente e com quem a gente se identifica ao nosso lado deixa tudo mais fácil. Por isso, consultar o médico cirurgião pediátrico é tão importante, antes mesmo de o bebê nascer.” –  Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194).

Tratamento da Onfalocele

Entre os riscos provocados pela Onfalocele, estão as infecções e a perda de calor. Por isso, ainda na sala do parto, o médico pediatra responsável deve realizar curativos. Em seguida, o recém nascido é encaminhado para a equipe de cirurgia pediátrica, que irá avaliar o caso.

“O tratamento para Onfalocele é cirúrgico. O ideal é que o diagnóstico seja feito na fase pré-natal. Dependendo do tamanho da malformação, a cirurgia é feita ainda no período neonatal.” –  Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194). 

O objetivo da cirurgia de Onfalocele é reinserir o tecido deslocado no abdome do recém nascido e fechar a parede abdominal. O tipo de cirurgia dependerá do tamanho da Onfalocele. No entanto, em casos mais graves, a reinserção dos órgãos pode não ser possível, por conta do tamanho do abdome e dos impactos fisiológicos.

“Quando isso acontece, pode ser necessário esperar que o bebê cresça para realizar a cirurgia definitiva. Neste período, são realizados  curativos diários, inicialmente sob os cuidados da UTI Neonatal, até que os pais aprendam a realizá- los.“ – Dra Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 RQE 12194).

Mesmo bebês com Onfaloceles pequenas podem ter que ficar internados por semanas ou meses. Nesse tempo, o contato e o entrosamento com toda a equipe multidisciplinar responsável pelo caso é fundamental. O carinho e a atenção do médico para com a família pode deixar esse desafio um pouco mais leve e fácil de superar. A Dr. Bianca Dias Bastos, que além de vasta experiência médica também é mãe, pode lhe ajudar.