Casos de anomalia branquial representam aproximadamente 30% das massas congênitas no pescoço. Seja na forma de cistos, seios ou fístulas, elas podem se apresentar na infância ou na idade adulta e localizam-se na região lateral do pescoço. Trata-se de uma anomalia congênita, originada das estruturas embrionárias que não conseguiram amadurecer ou persistiram de forma anômala e não desapareceram antes do nascimento do bebê.
Sinais e Sintomas de anomalia branquial
Os seios e as fístulas possuem uma abertura externa na pele. Geralmente, essa abertura é muito pequena e permanece despercebida por algum tempo. A drenagem espontânea de muco a partir desse orifício chama a atenção para o diagnóstico.
Os cistos podem ser mais difíceis de se diagnosticar. Eles se situam profundamente na pele ao longo da musculatura do pescoço. Eles podem infectar, aumentar de tamanho. causar dor e vermelhidão no local. Apesar disso, não são malignos.
Diagnóstico
Os remanescentes do aparelho branquial não podem ser diagnosticado na fase pré-natal, como a Hérnia Diafragmática, a Onfalocele, a Atresia de Esôfago e a Gastrosquise, por exemplo. A avaliação destas lesões se inicia pela história e exame físico.
Em alguns casos, pode ser necessário exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética para definir o diagnóstico.
“No geral, são os pais que percebem os primeiros sinais de anomalia branquial. Eles costumam notar um pequeno orifício na lateral do pescoço, por onde pode sair uma secreção clarinha, ou um nódulo no pescoço com infecção local “ – Cirurgiã Pediátrica Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 – RQE 12194).
O tratamento da anomalia branquial é sempre cirúrgico.
Tratamento Cirúrgico
Vimos que a anomalia branquial pode se manifestar de diferentes formas. Cada caso possui características próprias e exige atenção especial. Por localizar-se em uma região delicada, próxima a estruturas nobres, é preciso que o Médico Cirurgião Pediátrico seja experiente.
O objetivo do tratamento é a excisão completa de todos os seios, cistos e fístulas congênitas. Caso tenha inflamação no local, a cirurgia deve ser postergada até a resolução completa do quadro. Realizar a cirurgia em vigência de infecção aumenta o risco de lesão do nervo e de ressecção incompleta.
“O momento da cirurgia é controverso: alguns autores recomendam a ressecção precoce para evitar infecção, enquanto outros esperam a criança completar 2 ou 3 anos de idade. O procedimento é realizado sempre com anestesia geral “- Cirurgiã Pediátrica Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 – RQE 12194).
Pós-operatório
O pós-operatório da cirurgia de ressecção de um remanescente branquial é, geralmente, bastante tranquilo. As crianças tendem a voltar para casa no mesmo dia. A dieta líquida e sólida costumam ser liberadas assim que o efeito da anestesia acabar.
”A maior restrição fica por conta da atividade física, que deverá ser controlada acordo com orientação médica, especialmente em crianças maiores. Já o curativo é retirado em casa pelos pais cerca de 3 dias após” – Cirurgiã Pediátrica Dra. Bianca Dias Bastos (CRM/CE 23400 – RQE 12194).
A saúde e o bem estar das crianças depende de nós. Diante da descoberta de uma anomalia branquial, busque orientação de um cirurgião pediátrico. A Dra. Bianca Dias Bastos pode ajudar.